Alguém que me lê e eu não vejo.

2015/03/25









Resposta a um desafio :)
Poema inspirado pela bela foto acima do Château d'Angers. 
Podem ver a foto na pagina do oficial do facebook 
https://www.facebook.com/chateau.angers?fref=photo
ou visitar a pagina aqui:
http://www.angers.monuments-nationaux.fr

Nem o Inverno sabia que os meus seios 
eram telhados que sobravam da tua ausência, 
e as árvores lacunas perante a tarde taciturna.

Afogavam-se crenças hexagonais 
Nada eu era perante o jardim vernalizado
 em interstícios de tempo congelado 
e, da janela, o mundo nimbado de branco e de ti.

Nada eu era perante o jardim vernalizado 
senão lágrimas e espaço remanescente por entre a neve. 
A luz era triste e exalava as minhas mãos nas tuas.
E o taciturno revolutear dos flocos
parecia dizer que te amava. 

2015/03/01

Tenho sempre no meu caderno,
Anotações breves de beijos que demos,
e de abraços que eram inícios de fins.
Universos estendidos por cima de um ventre.
Entretanto cheira a Inverno sem sol
e as árvores cessaram.
Mistura-se  a pele com o desfecho,
de uma noite no limiar das arestas infinitas
dos teus braços.