Alguém que me lê e eu não vejo.

2006/03/26

Quantos destes sorrisos não são fabricados nas nuvens?
Nuvens do céu, fiapos de atmosfera ímpios.
Renego o ar condensado que nos turvou a visão.
Renego estes sorrisos, dissipados, no escorrer da altitude.

E o ruído escangalhado dos dias,
a lembrar-me do teu medo do silêncio.
Porque insistes em não parar?
Não paras essa emissão,
o amontoado de notas irregulares
que concebem o teu canto.
Tens medo de ouvir...
...ouvir o quê?
O quê?
O quê.