II.
A alma vai palpitando,
numa cadência triste e sentida.
De cruel conhece o mundo,
um punhal da bruma emergido.
Nos seus cantos sente o vento,
uma manta generosa de frio.
Dos seus dedos jorra sentido,
uma mão inerte que a morte eterniza.
Saltitante e a cores,
num corpo que vagueia sem ir,
transbordante de destino
e a sorrir de sonho...
É neste dia, que a fingir, é minha.
Toco-lhe com a consciência.
Beijo-a com a sensação.
Arrasto-a comigo no perdurar do tempo.
Alguém que me lê e eu não vejo.
2005/07/17
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