Adormecer...
Um torpor, para terminar esta noite,
germina pelos recantos da minha alma
deixada ao acaso da vida sem aviso.
É por não ter presenças concretas aqui,
excepto essa ascensão invertida de cócegas
a roçar no meu sossego, que me vou deitar,
sempre sem saber qual o pensamento com que me irei cobrir,
nem ao lado de que lâmina afiada do meu ser me irei aconchegar:
a sina de quem, errante ou não, teima em persistir amando.
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