Feiticeiro
Conhecendo-te, enxergo os espinhos que deixas no tecido acetinado verde-salsa. Pronuncio de Natureza íngreme, cortante, que intencionalmente escondes com o teu sorriso lavado. Ainda bem que os elementos me deixam falar-te assim, porque falar-te assim é tudo que tenho, no seio desse sorriso feiticeiro. Feiticeiro, que não é a primeira vez que assim te chamo. E que tu não ouves. E que ninguém sabe. Rasgam-me esses teus murmúrios com que enganas quem quer ser enganado. Aos poucos vejo morrer quem quer viver, no teu feitiço.
Arrogante ego, trespassas com a tua faca disfarçada de pena os corações menos atentos.
Encubram-se, com um manto de noite, ou de indiferença! Continuarmos a ser é o que nos resta, é o que nos torna grandes nesses pequenos suspiros de dor.
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