Queria sentir a dor dessas feridas,
que me arrastaram colina abaixo.
Queria sentir o espasmo do sol nos meus olhos,
as pálpebras semi-cerradas, aguardando-te.
Queria usar a palavra amor e o seu aconchego.
Queria gritar, este grito que não cabe nas vibrações atmosféricas, que não cabe em canais e fluidos nem membranas, queria dar um grito que me calasse. Queria que as feridas doessem e vertessem todo o sangue. Queria sentir as agressões das paredes, nódoas negras do despertar. Queria esse cavaleiro andante que não existe, queria-o comigo, para me levar de negro na noite, para onde não conheço.
Encerrando-te te consumo: vida.
Nada mais.