Alguém que me lê e eu não vejo.

2012/06/24


Coado pelo racionalismo,
o tempo retorna docemente,
e não ameniza o sentimento que perdura.

A paisagem melancólica junto ao mar,
A cidade que da ponte emerge,
Certifica a brisa quase dilacerante
Afirmando que não posso retornar.

Respiro a fusão dos dias,
arrastam-se em horas mais longas,
horas a pulsar a tua imagem,
horas que renunciam a intermitência.

Transborda a emoção sem suspiro
Avulta-se a chama ansiosa.

3 comentários:

nuvempreta disse...

Pensei sempre que somos feitos destes momentos que perduram sem matéria física. Apenas a poeira que ficou dela. E achamo-nos momentaneamente no nosso presente que é feito de passado.

Assim se vive vezes infinitas.

Sempre bom descobrir-te aqui.

Ana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana disse...

Nuvem preta, exactamente isso.

Obrigada :) Bjs