Percorremos ao entardecer a praia
Peixes, estrelas e caranguejos lépidos
peregrinavam em vossas almas.
Perdido o amanha adiava-se
por entre os dedos entrelaçados,
para além das dúvidas saiam nuvens inexistentes.
Pergunto-me se nesse dia notastes que o sol,
prelúdio de escuridão, queimava em solidão atroz.
Pergunto-me se nesse dia sabíeis que a garça
Presa da desilusão, alvejava por entre dunas sós.
Pergunto-me se nesse dia indagastes sobre mim,
Pedra de outrora, morta, réstia de sonhos e marés.
Passeáveis os amores, conchas inocentes enquanto
perante o horizonte ardente a dor ondeante era só minha.
Alguém que me lê e eu não vejo.
2015/09/27
2015/04/20
My love, you are not my love.
You are the ocean foaming
above my feet in the same instant as you drift
away, in the yellow clouds.
My love you have fish alive inside you,
and salt, and disquiet...
...and memories of shining water
under dead stars.
A response to Sandra's challenge who provided me with this beautiful picture for inspiration. :)
2015/03/25
Resposta a um desafio :)
Poema inspirado pela bela foto acima do Château d'Angers.
Podem ver a foto na pagina do oficial do facebook
https://www.facebook.com/chateau.angers?fref=photo
ou visitar a pagina aqui:
Podem ver a foto na pagina do oficial do facebook
https://www.facebook.com/chateau.angers?fref=photo
ou visitar a pagina aqui:
http://www.angers.monuments-nationaux.fr
Nem o Inverno sabia que os meus seios
eram telhados que sobravam da tua ausência,
e as árvores lacunas perante a tarde taciturna.
Afogavam-se crenças hexagonais
Nada eu era perante o jardim vernalizado
Nada eu era perante o jardim vernalizado
e, da janela, o mundo nimbado de branco e de ti.
Nada eu era perante o jardim vernalizado
senão lágrimas e espaço remanescente por entre a neve.
senão lágrimas e espaço remanescente por entre a neve.
A luz era triste e exalava as minhas mãos nas tuas.
E o taciturno revolutear dos flocos
parecia dizer que te amava. 2015/03/01
Tenho sempre no meu caderno,
Anotações breves de beijos que demos,
e de abraços que eram inícios de fins.
Universos estendidos por cima de um ventre.
Entretanto cheira a Inverno sem sol
e as árvores cessaram.
Mistura-se a pele com o desfecho,
de uma noite no limiar das arestas infinitas
dos teus braços.
Anotações breves de beijos que demos,
e de abraços que eram inícios de fins.
Universos estendidos por cima de um ventre.
Entretanto cheira a Inverno sem sol
e as árvores cessaram.
Mistura-se a pele com o desfecho,
de uma noite no limiar das arestas infinitas
dos teus braços.
2015/01/24
Existe um vazio que se estende do pavimento para a minha cintura.
Persiste em cada folha a incerteza do seu destino.
Cogumelo selvagem, erva daninha, uva esmagada no meu copo.
Existimo-nos em sorrisos mútuos que hesitam na minha mente e se prolongam nos teus bracos.
Sorrisos de terra molhada e que se esqueceram nas minhas curvas
Tudo se mistura, os teus olhos os meus sonhos e o nosso adeus.
Persiste em cada folha a incerteza do seu destino.
Cogumelo selvagem, erva daninha, uva esmagada no meu copo.
Existimo-nos em sorrisos mútuos que hesitam na minha mente e se prolongam nos teus bracos.
Sorrisos de terra molhada e que se esqueceram nas minhas curvas
Tudo se mistura, os teus olhos os meus sonhos e o nosso adeus.
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