Cada dia é mais evidente que partimos
Sem nenhum possível regresso no que fomos,
Cada dia as horas se despem mais do alimento:
Não há saudades nem terror que baste.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Antologia
Círculo de Poesia
Moraes Editores
1975
Alguém que me lê e eu não vejo.
Alguém que me lê e eu não vejo.
1 comentário:
isto faz-me lembrar outra coisa que a Sophia escreveu sobre o que passa:
Mais tarde será tarde e já é tarde. O tempo apaga tudo menos esse longo indelével rasto que o não-vivido deixa.
também é tão dolorosa a saudade do que não vivemos, não é? ao menos que nos valha a saudade do vivido : )
mais meio quilo de estrelas *
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