Alguém que me lê e eu não vejo.

2005/02/06

Escrevi para ti

Balança-te: pés na terra, mãos de água,
pensamentos de estrelas.
Acreditas-te para que te acreditem.
Poderia ser doutro modo?
No fundo, duvidas do que és.
Queres muito ser, demasiado,
com esses teus olhos de ver
fincados nos gestos,
como unhas cravadas na carne.
Mas os gestos balançam,
Como o mundo translada.
Com uma mão tocas nos corações
E com a outra empurra-los para o abismo.
(O abismo onde hoje caiu uma lágrima minha.)

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