Alguém que me lê e eu não vejo.

2005/02/13

Tempo.

Tenho-me perdido um pouco na dimensão dilacerante do tempo. Hoje essa dimensão perturbou o meu estar desprevenido, chegou de manhã e perdurou pelas horas até agora, intermitente com ida e vinda das pessoas pela casa.
É tão raro dar-me conta dele, que quando somo as suas alterações irremediáveis sou arrastada, é possível apenas que me esconda e que me abrigue em cortinas de água sal... invisíveis. Mas tento contorná-lo, passar despercebida. Visto uma gabardina escura e apago o meu reflexo das vitrinas escuras do tempo. Irremediávelmente, ele encontrar-me-á.

1 comentário:

Anónimo disse...

como era bom fugir ao tempo, deixa-lo no seu local e viver simplesmente os momentos...que bom voltar a ler, fico sempre a pensar!mts bjs

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