Alguém que me lê e eu não vejo.

2008/10/19



Combien de temps...
Combien de temps encore
Des années, des jours, des heures, combien ?
Quand j'y pense, mon coeur bat si fort...
Mon pays c'est la vie.
Combien de temps...
Combien ?

Je l'aime tant, le temps qui reste...
Je veux rire, courir, pleurer, parler,
Et voir, et croire
Et boire, danser,
Crier, manger, nager, bondir, désobéir
J'ai pas fini, j'ai pas fini
Voler, chanter, parti, repartir
Souffrir, aimer
Je l'aime tant le temps qui reste

Je ne sais plus où je suis né, ni quand
Je sais qu'il n'y a pas longtemps...
Et que mon pays c'est la vie
Je sais aussi que mon père disait :
Le temps c'est comme ton pain...
Gardes-en pour demain...

J'ai encore du pain
Encore du temps, mais combien ?
Je veux jouer encore...
Je veux rire des montagnes de rires,
Je veux pleurer des torrents de larmes,
Je veux boire des bateaux entiers de vin
De Bordeaux et d'Italie
Et danser, crier, voler, nager dans tous les océans
J'ai pas fini, j'ai pas fini
Je veux chanter
Je veux parler jusqu'à la fin de ma voix...
Je l'aime tant le temps qui reste...

Combien de temps...
Combien de temps encore ?
Des années, des jours, des heures, combien ?
Je veux des histoires, des voyages...
J'ai tant de gens à voir, tant d'images..
Des enfants, des femmes, des grands hommes,
Des petits hommes, des marrants, des tristes,
Des très intelligents et des cons,
C'est drôle, les cons ça repose,
C'est comme le feuillage au milieu des roses...

Combien de temps...
Combien de temps encore ?
Des années, des jours, des heures, combien ?
Je m'en fous mon amour...
Quand l'orchestre s'arrêtera, je danserai encore...
Quand les avions ne voleront plus, je volerai tout seul...
Quand le temps s'arrêtera..
Je t'aimerai encore
Je ne sais pas où, je ne sais pas comment...
Mais je t'aimerai encore...
D'accord ?

Le temps qui reste (récit)
by Serge Reggiani

Beijo

Ostentando a força do desbrave

num percurso ardil por entre os vasos

transporta-se sem complexidade,

apenas desejo.

Desejo nervoso que através do sangue

chega aos lábios e desfalece sobre o tórax.

Incorruptível, só terminará na tua boca.

Tudo o resto são viagens incansáveis

Pelo meu corpo embebido em saudade.

2008/09/04

Gosto desta música porque...




... porque faz perguntas simples e fundamentais, com uma força que lhes fica bem:

What I’m gonna live for?
What I’m gonna die for?
Who you gonna fight for?


E porque gosto de a cantar.

2008/07/28

2008/07/10

Inspirei durante tanto tempo o aroma de um chá quente, feito de sonhos. Um vapor morno, respirado como um incenso e absorvido como um elixir. Uma nuvem branca, preenchida com as partículas revigorantes necessárias para ganhar energia a cada passo de um caminhar inconstante. Um chá encorpado, que dava vontade de olhar para o céu e percorrer o mundo de nuvem em nuvem. Mas hoje a vida entornou-me uma chávena do precioso líquido. No meu interior, um mesmo mantra repete-se agora em forma de interrogação: como poderei acreditar novamente?

2008/06/29




This is my face, covered in freckles, with the occasional spot and some veins.

Kate Nash - Mouthwash

2008/06/03

Workshop Roots & Shoots


5º Workshop Roots & Shoots



O Roots & Shoots é um programa criado pelo Instituto Jane Goodall em 1991 que tem por objectivo promover e desenvolver projectos de educação humanitária e ambiental bem como estimular o respeito pelos animais e comunidades humanas em todo o mundo.

Para este fim são criados grupos de trabalho, constituídos maioritariamente por jovens, com a função de organizar e implementar projectos de intervenção.

A Sociedade Portuguesa para a Educação Humanitária, com o apoio do Jardim Botânico do Porto, vai promover o primeiro workshop Roots & Shoots na cidade do Porto.

O Workshop realizar-se-á no próximo dia 7 de Junho, entre as 14h e as 18h, no auditório do Jardim Botânico, e terá um custo de 5 euros por pessoa.


Todos os interessados deverão fazer a inscrição enviando um e-mail para info@spedh.net onde conste o nome, profissão, e-mail e número de telefone.



Para mais informações sobre o programa Roots & Shoots

e a Sociedade Portuguesa para a Educação Humanitária, consulte

www.spedh.net

2008/05/05

Queria ser feita de legos, a rapariga desmontável, desdobrável por articulações. Queria poder construir-me de modo diferente a cada queda. Mas nada faço. Para mim o cair é feito de elástico, sou de tal modo maleável e é de tal forma eminente a minha capacidade de retornar ao estado inicial, que os estádios que assumo nos entremeios se confundem.

Assumi esta nova forma, que não revelo, que me faz lembrar uma pastilha sem sabor, que não encontra o seu caixote do lixo. Uma pastilha a deslocar-se pelos recantos da boca, de sabor incómodo. E que aperto na mão e aperto na mão, para me livrar daquele sabor e textura aborrecidos e em simultâneo para que ninguém reconheça esse acto nojento. Gesto, que colateralmente, me impede de estender a mão a quem passa, que faz com que veja as pessoas cada vez mais longe. Gesto que me faz mudar de rumo, só para não ter que abrir a mão e exibir o detrito nojento.


Não ser elástica e não ter de me encolher, para que não me vejam., é com isso que sonho. SER DE LEGOS. E de não dos transparentes para fazer de lágrima. De não precisar de ser salva, porque podia reconstruir o que quisesse, sempre mais bonito, sempre que me levantasse. E vejo tantas pessoas feitas de lego. Poderia ser uma? Ou estarei condenada à contradição dilacerante, entre a mente que vai e a mente que fica?

2008/05/04




Dorothy: Goodbye, Tinman. Oh, don't cry! You'll rust so dreadfully. Here's your oil can.

Tin Woodsman: Now I know I've got a heart, 'cause it's breaking...

2008/05/02

Ainda gostava de saber em que se baseiam estes dicionários dos sonhos. Porque sonhei que estava a andar e helicóptero e até esse sonho tem um significado:

To dream that you are in a helicopter, indicates that you are living beyond your means. You need to slow down and don't try to please everyone. Alternatively, you may be experiencing a higher level of consciousness, new-found freedom and greater awareness.


Standing on the top of the mountain
Staring at the blue sky
Dreaming of the ocean
And the days I had with you
The days I had with you
The days I had with you
-Estou?
-Sim? Que vozinha é essa?
-Estou cansado.
-Mas estás bem?
-Sim. E tu? Como foi o teu dia?
-Foi mais ou menos.
-O que fizeste?
-Vi um filme que me ensinou o significado de hastear uma bandeira de um país ao contrário.
-E então?
-Se eu tivesse uma que representasse o meu coração, erguê-la-ia ao contrário.
-Porquê?
-Porque esta conversa nunca existiu.

2008/04/25



sometimes is all we can do... and it's plenty!

2008/04/20

O que fazemos quando não temos a certeza?



A Dúvida de John Patrick Shanley... Ontem tive oportunidade de vê-la no TNSJ e não consigo deixar de fazer menção à interpretação fascinante de Eunice Muñoz, que abrilhantou de forma inquestionável a peça.


2008/04/11




Por mas que la dicha busco,
Vivo penando...
Y cuando debo quedarme, viday
Me voy andando...

A veces soy como el rio:
Llego cantando...
Y sin que nadie lo sepa, viday
Me voy llorando...

Es mi destino,
Piedra y camino...
De un sueño lejano y bello, viday
Soy peregrino...

kip on going... someday, somehow we all be there...

Loretta Bell: How'd you sleep?
Ed Tom Bell: I don't know. Had dreams.
Loretta Bell: Well you got time for 'em now. Anythin' interesting?
Ed Tom Bell: They always is to the party concerned.
Loretta Bell: Ed Tom, I'll be polite.
Ed Tom Bell: Alright then. Two of 'em. Both had my father in 'em . It's peculiar. I'm older now then he ever was by twenty years. So in a sense he's the younger man. Anyway, first one I don't remember to well but it was about meeting him in town somewhere, he's gonna give me some money. I think I lost it. The second one, it was like we was both back in older times and I was on horseback goin' through the mountains of a night. Goin' through this pass in the mountains. It was cold and there was snow on the ground and he rode past me and kept on goin'. Never said nothin' goin' by. He just rode on past... and he had his blanket wrapped around him and his head down and when he rode past I seen he was carryin' fire in a horn the way people used to do and I could see the horn from the light inside of it. 'Bout the color of the moon. And in the dream I knew that he was goin' on ahead and he was fixin' to make a fire somewhere out there in all that dark and all that cold, and I knew that whenever I got there he would be there. And then I woke up.


in "There's no country for old man"

2008/04/06

Será que realmente já gastámos tudo? Sim gastámos as teclas do telemóvel, gastámos os olhares e os sorrisos. Mas não gastámos as lágrimas e não gastámos as horas em silêncio. Gastaste as palavras simpáticas, gastaste a vontade de olhar para mim e me ver, gastaste a paciência. Gastaste o amor, as carícias, o tempo. Não gastámos o sol, mas a vontade simultânea de encontrarmos juntos.

Gastámos aquelas tardes em que o mundo era um mero acaso que tinha aparecido nas nossas vidas. Só não consigo gastar este vazio. Quero vendê-lo a retalho. Quero leiloar a tua ausência. Quero ficar sozinha apenas porque não tenho ninguém. Prefiro não ter nada do que parecer que tenho alguma coisa. Prefiro chorar por estar perdida do que por não me quereres encontrar.

2008/04/02

O pastor amoroso perdeu o cajado,
E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta,
E de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe para tocar.
Ninguém lhe apareceu ou desapareceu.
Nunca mais encontrou o cajado.
Outros, praguejando contra ele, recolheram-lhe as ovelhas.
Ninguém o tinha amado, afinal.
Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo:
Os grandes vales cheios dos mesmos verdes de sempre,
As grandes montanhas longe, mais reais que qualquer sentimento,
A realidade toda, com o céu e o ar e os campos que existem,
estão presentes.
(E de novo o ar, que lhe faltara tanto tempo, lhe entrou fresco
nos pulmões)
E sentiu que de novo o ar lhe abria, mas com dor,
uma liberdade
no peito.


Alberto Caeiro (Porque a semana começou com ele, entre outros, e porque vou mudar para a sua profissão)

2008/03/23

Música linda :)




You're a part time lover and a full time friend
The monkey on you're back is the latest trend
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Here is the church and here is the steeple
We sure are cute for two ugly people
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

We both have shiny happy fits of rage
I want more fans, You want more stage
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

You are always trying to keep it real
Now I'm in love with how you feel
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

I kiss you on the brain in the shadow of a train
I kiss you all starry eyed, my body's swinging from side to side
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

The pebbles forgive me, the trees forgive me
So why can't, you forgive me?
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu
I don't see what anyone can see, in anyone else…
But you

2008/03/20

Há dias em que ela me entra pelas goelas lânguida, afogada na sua cobardia. Quando a confundo comigo, sei que preciso de reanimação, no mínimo.


2008/03/19

2008/02/19

:)




Há presentes que parecem pequenos, mas ultrapassam as aparentes duas dimensões.

2008/02/18

2008/02/05




Leve na lembrança
A singela melodia que eu fiz
Pra ti, ó bem amada
Princesa, olhos d'água
Menina da lua
Quero te ver clara
Clareando a noite intensa deste amor
O céu é teu sorriso
No branco do teu rosto
A irradiar ternura
Quero que desprendas
De qualquer temor que sintas
Tens o teu escudo
O teu tear
Tens na mão, querida
A semente
De uma flor que inspira um beijo ardente
Um convite para amar

2008/02/03

Partilho o vosso prensente lindo convosco :)


Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo da algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e sol.

António Ramos Rosa

2008/01/20




Todo o universo numa só gota de água. Um ponto de vida, acariciando o impossível.

2008/01/15

A minha janela abriu-se com o vento e eu a ouvir isto! A música perfeita para o dia cinzento-perfeito! E cantado pela Madame Callas... uma das únicas que consigo chamar de diva :)

Só isto



Não é preciso abrir os olhos para conseguir ver

2008/01/01

I'm afraid that, ah, one day, maybe not today, maybe, maybe not tomorrow either, but one day suddenly, I may begin to cry and cry so very much that nothing or nobody can stop me and the tears will fill the room and I won't be able to breath and I will pull you down with me and we'll both drown.


in A vida secreta das palavras
de Isabel Coixet







But I hope I won't.

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