Alguém que me lê e eu não vejo.

2005/05/29

Junto ao rio passa-se de um modo desigual.
Uns passam a amar.
Outros passam presos nas suas considerações metafísicas.
Outros passam e quedam,
Dando oportunidade ao rio para os fazer sentirem-se menos.
Outros permitem-se passar indiferentes ao mundo.
Mas junto ao rio não se passa como se passa na rua.
São os ares do rio, concretos, que se tocam,
Inspirando a liberdade de cada um passar apenas com aquilo que é,
Expirando o peso de não se ter aquilo que não pode ter.
São as correntes do rio com aquilo que nelas se deposita:
Noites de amor, lágrimas, sabores, cópias perdidas de pessoas,
Todos encurralados no compasso do tempo.

3 comentários:

Phyllophryne scortea disse...

Lindo, simplesmente lindo...
Obviamente referes-te ao Douro, mas garanto-te que o sentimento envolvido junto ao Tejo é semelhante... é lindo amar junto ao rio.
Continua a escrever!

Anónimo disse...

é lindo amar em qualquer sitio, não há sitios esfecificos para isso...em relação ao poema está muito lindo mesmo..bjinhux

Anónimo disse...

e lindo o k eskreves LM NM BJS DOS TEUS PRIMOSSSSSSSSSSSSSS