Alguém que me lê e eu não vejo.

2006/09/03

Um dia

Um ninho de tecido áspero,
o seu rosa pálido,
o rosto infesto com o teu sorriso,
o sarcasmo da tua voz.

Pinto este quadro
enquanto no meu peito se desenha
com metal rubro o pesado momento.

Auguraste as palavras,
palavras que pensaste
serem palavras postas em pedra.
Mordeste cada uma dessas sílabas,
cada nota desse canto,
um suspiro amargurado,
mas eram apenas peças de mim.

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