Alguém que me lê e eu não vejo.

2008/02/03

Partilho o vosso prensente lindo convosco :)


Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo da algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e sol.

António Ramos Rosa

4 comentários:

menina tóxica disse...

:)) eu e a miss nimbus vimos este no livro, coincidência linda.
eu gosto muito do verso 'são restos de tabaco e de ternura rápida'.

bjinho gordo*

(aquele copo de vinho hummm)

nuvem_preta disse...

:) pois foi, estavamso na fila do estabelecimento (porque não podemos fazer publicidade) e eu com o livro na mão logo a espreitar as palavras que lá esperavam por ti :) e então vi esse poema e eu e a miss tóxica ficamos logo com um grande :) eu gosto muito da parte "Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida." parabéns miga!! :)

Ana disse...

O poema é lindíssimo! Adoro esses versos e também o final:

"É um copo de vinho com o meu sangue e sol."


Um copo com uma parte de nós e com a alegria que os momentos de tempo não inúteis representados pelo sol (assim eu o vi).


Beijinho às duas e obrigada adorei o livro!

menina tóxica disse...

ora bolas.
era mesmo a fnac.