Alguém que me lê e eu não vejo.

2013/03/16




Desmesurável o vermelho ao meu redor, tomara eu reconhecer-lhe flores, mas adivinho-lhes somente o perfume e um momentâneo bem-estar.
Vagueio numa total ausência de comtemplação,
em que o mar não é mar, mas um ruído confortável
em que mar é fúria arrastada para fora de mim.
Deambulante, na ausência de fúria,
Vergo-me para ouvir as ondas a murmurar injustiça.
Com a cara encostada à areia molhada, misturo-me com o silêncio.
Uma lágrima anuncia-se através de manchas que provavelmente são o Mundo a manisfestar-se através do meu alheamento.

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