Alguém que me lê e eu não vejo.

2004/05/11

Evidências

A chuva bate na janela,
como se fosse água trazida do céu.
As folhas balanceiam nas árvores,
como se fossem movidas pelo vento.
Os automóveis apressam-se,
como se houvesse um destino concreto
para quem os conduz.
O rio corre num leito certo,
como se um dia fosse desaguar no mar.

Tudo isto tão irritantemente certo,
tão fatalmente conhecido,
tão profundamente real
que anseio que seja falso...
...falso como as palavras que
exprimem o sentir.
...falso como as palavras que
contam a verdade.

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