Alguém que me lê e eu não vejo.

2005/08/06

Beleza

Imagino-a como um ponto denso e cerrado,
e ao mesmo tempo uma mancha inteligível,
caída na graça de cada ser.
Difícil será encontrar aquele
que conseguiu transpor os seus sentidos para lá dela...

É uma estrela, é um mar, é um sol, é uma luz,
Que todos conseguem sentir: sístoles em uníssono!
Ninguém parece poder tocar-lhe,
mas todos se tocam, todos se sentam no mesmo banco de jardim com ela.
Todos caminham na rua com ela por perto.
Enroscada em cada fio de cada conjunto de cabelos,
Dorme com todos, todos aqueles com pele e ouvidos e olhos e boca.

Ouvi um segredo, que dizia,
que para conquistarmos o mundo,
bastava saber senti-la, ainda que a fingir.
Eu queria apenas soprar o mansinho oxigénio,
ateando esse fogo que reside em nela,
e que nas pontas dos meus dedos foi um dia proscrito.

2 comentários:

Anónimo disse...

The beauty exists in our eyes, we are the burning fire that beauty takes.. feel the word and then tell me what does it means the hunting beauty, what does she have done to us nowadays...
(and yes, beauty is a possessive woman)

Anónimo disse...

beauty is a scream, beauty is a flash of light that take us into a trip inside of our body, running down trough us and going to the ground... we are just the cord of silver strain to her passage...

I like what you wrote.

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