Alguém que me lê e eu não vejo.

2005/09/14


Pele, corpo nu, e água turva envolvendo-o, escondendo-o: apertas as mãos contra os olhos, olhos cansados, olhos aguçados que te fazem verter esse líquido vigorante, que escorre enleando, misturando-se com a água que banha o teu abismo. Escorre para onde a gravidade o puxa, no seio daquilo que é belo e onde existe algo mais belo. No centro de um planeta está outro, e as chamas solidificaram e são feitas desse magma que é rocha ou que és tu dentro de ti. Tudo em ti tão natural, como se natural quisesse dizer apocalíptico. E só quero puxar-te para aqui, desvendar-te as mãos e os olhos, as sobrancelhas molhadas, e o teu receio indiscriminado, confundido com a tua luz. Queria tanto aninhar-me na tua luz, tanto...

1 comentário:

Anónimo disse...

uma esfera blihante uau!!!!!!!

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