Alguém que me lê e eu não vejo.

2005/10/22

A tua pele, tão doce, tão primaveril,
embrulhada no cobertor intenso,
quente de Outono... encostado a mim.
O ardor da chuva ácida, respingando,
tentando pousar nas minhas glândulas,
mas sempre lá fora, lá fora, o lá fora.
E lá fora estava eu e os meus electrões,
a fugirem de mim, do momento,
de tudo que era o ali.
As veias a emergirem da pele transparente, azuis, como o sangue vermelho, verdadeiras. O vazio ansioso a arfar, encostando-se à minha testa, provocante.


Querer tanta coisa, e ser tudo ao mesmo tempo, e tentar sê-lo, e falhar...
Não ser vento, nem chuva, nem mar, nem rio,
Ser só gotas, ou sopros incompletos...
Querer dizer-te adeus e abraçar-te,
E fundir os meus músculos nos teus.
Chorar, não com lágrimas, mas com água,
Aquilo pelo que não se chora: inexistência.

5 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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Anónimo disse...

"Chorar, não com lágrimas, mas com água" gostei.um desejo partilhado...chorar com água, só com água...sem conter nelas...o que, inevitavelmente, contem...

Ana disse...

pieces_of_me: obrigada :)))) *********