Alguém que me lê e eu não vejo.

2007/10/23


Não demores o teu sentir nesse desgosto!

Passa tudo pelo corrimão abaixo da vida,

não percas esse tempo adjacente à tristeza,

urge voltares ao sorriso de vidro fosco!



Vem, à aldeia dos abraços transparentes

que só não vês porque te finges cego!



Não te damos o tempo que precisas para chorar,

porque lágrimas são más e as nossas mãos de cristal são boas.

Porque nós somos as horas e tu os minutos,

não fiques a limpar esse azul baço,

não precisas de levantar as rugas das tuas pálpebras.



Eu...

Mas eu... quero ser azul e ser baço! Só não o quero ser só.







2 comentários:

Carla Veríssimo disse...

Já não vinha aqui há muito tempo...
mas o tempo, esse, não fez nada mais se não MUITO....
Muito.. bonito.... é a base do que escreves
;)

Ana disse...

Oh obrigada!


Há muito tempo que me perguntava o que seria feito de ti! Gostei de te saber por aqui!


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