Alguém que me lê e eu não vejo.

2007/11/03

Introdução

As almas sentem-se mas são indetectáveis à vista desarmada. Alguns estudos recentes demonstram que a alma se alimenta de uma postura de gratidão para com a vida e uma visão dominada pelo optimismo. Embora de grande abrangências, os referidos trabalhos partilham a ideia de que para se atingir a felicidade é necessário um esforço que a maioria dos seres humanos não está disposta a fazer.
Contudo, a alma não espelha unicamente um estado de espírito binário: estou feliz ou infeliz. Existem diversos estados, estados híbridos e ainda complexas misturas de vários estados híbridos. Sabe-se, ainda, que as almas (ou espíritos) apresentam uma elevada variabilidade na espécie humana e, por enquanto, ainda nao se conseguiu estabelecer a média para o seu tamanho.
Neste trabalho, pretendeu estudar-se a condição de uma alma humana escolhida ao acaso na população portuguesa.


Material e Métodos

O indivíduo seleccionado para o estudo expressou, através texto escrito, o seu estado de alma.

Resultados

Passa a citar-se o texto escrito pelo indivíduo quando lhe solicitado que descrevesse o seu estado de alma:

“Hoje não vejo a minha alma, não ouço a minha alma, não consigo falar sobre a minha e não sinto a minha alma. O meu estado psicológico geral é: assim assim. Sei apenas que queria passear ao Sol mas também queria ficar em casa a olhar para a chuva lá fora. Sei que hoje de manhã me caiu aos pés um fragmento invisível de sentimento que sabia a tristeza, mas não sei se seria angústia. Enquanto me penteava saiu-me um bocado de insegurança pelos ouvidos, e vinda dos olhos escorreu uma solução concentrada de alegria. Por volta da hora de almoço senti fome e notei também que tinha perdido três quartos de medo. Ao lanche já não sabia o que queria dizer a palavra melancolia, que uma senhora que cantava insistia em repetir. Mas a alma, pela noitinha, ainda não sabia ela. Depois fiquei por aqui a escrever sobre ela.”


Discussao dos resultados

Atendendo aos resultados obtidos, constata-se que o indivíduo não tem alma, não se sabendo em que cirscuntâncias a perdeu.
Conclui-se, assim, que a alma se pode perder, logo nem toda a gente tem alma. Estudos posteriores devem procurar evidências da recuperação da alma.

6 comentários:

menina tóxica disse...

xiiiiiiiiiiiiii.

(só para que conste, esta gaja é minha mana. só orgulho, meu ai ai.)

doçuras para ti*

(eu aind anão sei da minha alma. vou propor à fct qualquer coisa para investigá-la)

Ana disse...

LOL!

Dado que o meu relatório foi recusado na "current psychology"! Vi-me obrigada a publicá-lo aqui.

Devo dizer que a ideia desta brincadeira me nasceu em www.polvosabao.blogspot.com, por isso os meus agradecimentos à menina_tóxica!

Joana Serrado disse...

Meninas, o que é isso? Entao, eu é que tenho o monopolio das almas... Se tudo correr bem o meu próximo livro chamar-se-a Tratado da Alma Separado. So estou a espera de ter coragem para o mandar para o editor....

Magnifico, Anas.
Uma mana intoxicada e uma mana desalmada. Ai quem me dera ter assim uma familia!!!!!

menina tóxica disse...

menina botânica, ela é uma mana por parte do polvo, e do coração.

(não digo da alma, visto ela estar desalmada eheh)

mas não é mana dos genes, isto é força da convivência :)))

Happy and Bleeding disse...

ahahahaha! ahh minha desalmada! (como diria a minha avó :p)

Anónimo disse...

Quando era pequeno achava que os sonhos eram as viagens que a minha alma fazia enquanto eu ficava na minha cama a dormir. Era por isso que, ao adormecer, eu lhe pedia sempre com muito cuidado para não se esquecer de voltar porque se ela se atrasasse podia perder-se.

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